Setembro: O mês da conscientização sobre a doação de órgãos

Essa data também conhecida como setembro verde tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos. 

De acordo com a legislação brasileira pessoas que sofreram morte encefálica só podem ter seus órgãos e tecidos doados mediante autorização dos membros da família. E, a única forma de se tornar um doador é discutir, em vida, o assunto com seus familiares.

Doações em vida também podem ser feitas. Órgãos como rim, fígado, coração, pâncreas e pulmões, ou tecidos como córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do coração umbilical podem ser doados, desde que o doador não prejudique as suas funções vitais após a realização do transplante. 

Doação de óvulos e embriões

Em vida também é possível realizar a doação de óvulos e embriões. O procedimento para a doação de óvulos ocorre quando uma mulher decide ceder os seus óvulos para que sejam fecundados ou transplantados no útero de uma outra mulher. No Brasil, a lei estipula que essa doação seja totalmente anônima e considera mãe da criança aquela que a carregou no ventre, e não a que forneceu o óvulo.

O Conselho Federal de Medicina estabeleceu que mulheres entre 18 e 35 anos com bom estado de saúde e sem nenhuma alteração genética pode se tornar doadora de óvulos para outras mulheres. Desde que essa seja uma prática totalmente voluntária, ou seja, sem fins lucrativos. 

A doação de embriões é um procedimento indicado para mulheres que não têm óvulos em quantidade e/ou qualidade e desejam a gestação independente ou casais que possuem fatores de infertilidade associados à qualidade ou quantidade de gametas (óvulos e espermatozoides), neste caso pode-se optar por fazer a transferência de embrião congelado doado.

Para a doação de embriões, o conselho estipula que não pode haver caráter lucrativo ou comercial e existe a necessidade do sigilo sobre a identidade dos doadores e receptores do embrião ou embriões.

A escolha dos doadores é de responsabilidade do médico. Dentro do possível, deverá garantir que o(a) doador(a) tenha a maior semelhança fenotípica e a máxima possibilidade de compatibilidade com a receptora.

Como se tornar uma doadora?

Para se tornar uma doadora a mulher precisa passar por uma avaliação da sua saúde e também de fertilidade. No caso de doação de óvulos, caso seja aprovada a avaliação da saúde, o tratamento é iniciado com a estimulação ovariana que tem como objetivo fazer com o que corpo aumente a produção de óvulos em um mesmo ciclo. O tratamento é indolor e todas as suas etapas são acompanhadas por uma equipe médica.

No caso de doação de embriões, quando um casal faz fertilização in vitro, geralmente são produzidos vários embriões. Alguns podem ser congelados para serem utilizados em outras tentativas. Se o tratamento der certo e o casal não quiser mais ter filhos, pode assinar uma autorização para que os embriões restantes sejam doados.

Tanto a doação de óvulos quanto a doação de embriões é um ato solidário que possibilita a realização do sonho de outras mulheres em ser mãe e pode ajudar muitas famílias a realizarem seus sonhos.

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